quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

[Azul e Branco a vida inteira] Jogo 2 - Maceió

Como contei aqui anos atrás, muito da boa relação que sempre tive com o meu pai foi estabelecida devido ao futebol, fosse na época que ele trabalhava demais em Aracaju, mas sobrava um tempo na sexta à noite para brincarmos no quintal de casa; ou vendo jogos pela televisão ou no Trapichão, idas ao estádio mais frequente no primeiro período de volta a Maceió. Não à toa que perturbei amigxs por um bom tempo para levar seus filhos a estádios, conseguindo num caso.

Fui ao estádio aqui até o último jogo de 2011, antes de ir ao Mestrado, tendo orgulho por naqueles anos poder pagar o ingresso dele para ir comigo às partidas. Voltei a Maceió em março de 2013, mesmo mês que o meu pai acabou voltando à cidade natal dele para trabalhar, agora como servidor público, e as idas conjuntas aos estádios rarearam, ficando as conversas sobre futebol para depois das partidas, quando ele me liga.

Mas, no início de cada ano tanto ele quanto eu temos mais tempo para ir ao Trapichão - incluo-me nisso porque já houve anos de colocarem jogos nos dias que trabalho em Santana ou, como na reta final da Série D do ano passado, eu estar fora do Estado mesmo aos domingos. Ano passado mesmo fomos ao Mutange ver o amistoso contra o Itabaiana, e no Rei Pelé ver outro amistoso contra o Treze e acompanhamos as primeiras rodadas do Alagoano (Penedense e Ipanema). No caso do último, eu lembro bem porque foi o primeiro dia que tirei o colete da cervical, mas ainda estava sensível a movimentos mais bruscos, numa situação de jogo de futebol e goleada.


Seu Antônio
Uma das primeiras coisas que fiz quando passei a contar com recursos de forma regular foi me tornar sócio do CSA. Aliás, tornarmos, já que o coloquei como dependente. Ainda que ele use bem menos que eu do final de 2014 para cá.

Quando comentei com ele sobre o jogo contra o Confiança, ele disse que viria assistir. Tentei convencê-lo a ir comigo para Aracaju, mas preferiu não. Tanto falou, perguntando para mim sobre o cartão de sócio-torcedor, que acabou esquecendo ao vir a Maceió. Mas nem por isso deixou de ir comigo. Comprou o ingresso dele antecipadamente e tudo.

Outra coisa que costumo fazer, é comprar as camisas oficiais do CSA para ele, algumas com o nome dele impresso. No final do ano dei a ele a especial dos 103 anos, adorou a camisa e disse que o pessoal em Viçosa, mesmo os torcedores do rival, vivem a falar o quanto ela é bonita. Ele trouxe para cá, mas usou antes do jogo, para ir à casa da minha tia.

Como o jogo começaria às 20h e, inicialmente, abririam só as grandes arquibancadas e um trecho muito pequeno da ferradura, sugeri que fôssemos antes. Talvez tenha sido uma das idas mais tranquilas ao estádio, quase vazio no início. Acabamos ficando no alto, na altura do meio do campo. Para além da divergência de clube nacional (ele corintiano, eu palmeirense), gostamos de lugares diferentes no Trapichão. Ele prefere o lado "família", sem bancos e ao lado das cadeiras. Eu, as grandes arquibancadas - mesmo com sol castigando nos domingos à tarde -, ao lado, mas em distância segura, da principal organizada. Ontem, ficamos onde eu gosto.

O CSA veio com mudanças no gol, com a entrada de Mota; na lateral-direita, com Celsinho no lugar de Denilson, que sentiu a panturrilha; Didira no lugar de Alex Potiguar, no meio; e Soares no lugar de Daniel Cruz. A volta de Soares, que fez um bom Alagoano, mas caiu de produção no mata-mata, não foi tão boa. Colocado como falso nove, pouco fez, melhorando quando deslocado no início do segundo tempo para o lado direito, quando Daniel Cruz entrou no time.

Com os times mais próximos aos que estrearão no Estadual, o primeiro tempo foi muito melhor que o de Aracaju. O CSA dominou a partida, mas com alguma dificuldade em armar as jogadas, conseguindo fazê-lo graças a jogadas de habilidade de alguns de nossos jogadores ou em bola parada, a partir de cruzamentos de Rafinha. Numa delas, Everton Heleno cabeceou sozinho, na frente do gol, mas por cima. Na única chance do Confiança, Mota saiu bem do gol e evitou qualquer contratempo. 0 a 0.

O público não parou de chegar no estádio ao menos até às 20h30, a ponto de tornar ainda mais quente a noite de quarta-feira. A quantidade foi tão grande que tiveram que abrir o trecho da ferradura, incluindo a parte "família" do estádio (ver vídeo acima). Como costumeiramente eu falo, a diretoria do CSA costuma subestimar a torcida e sempre tem que fazer algo para remediar - por isso que fui antes.

As mudanças em profusão no segundo tempo foram piorando o jogo, também ao contrário do sábado. O CSA voltou melhor, com Soares participando mais, só que depois foi piorando. Mais uma vez, agora com a entrada de Jeam no lugar de Soares, Daniel Cruz foi deslocado para a direita. Mesmo jogando melhor, o time perde o pivô na frente como referência.

Depois de um escanteio duvidoso marcado, o CSA perdeu o rebote e a bola sobrou livre, livre para Felipe Cordeiro encher o pé na frente de Jeferson, que ficou estacionado na linha - mais uma vez. Depois disso, o CSA chegou com real perigo só numa cobrança de falta de Celsinho, que recebeu defesa muito boa de Henrique. Fora isso, sobrou impaciência da torcida, e uma certeza maior da diferença entre o time que iniciou e o time reserva. Ao final, um revezamento entre vaias e aplausos o time na segunda partida de 2017.

O próximo jogo do CSA é outro amistoso, contra o CSE em Palmeira dos Índios, no sábado à noite, que é difícil para eu ir. Minha volta deve ficar para a estreia no Nordestão, no dia 25, contra o ABC.

Ficha do jogo
CSA 0X 1 Confiança
Data: 11 de janeiro de 2017 - 20h
Local: Estádio Rei Pelé (Trapichão) - Maceió-AL
CSA - Mota (Jeferson); Celsinho (Kelvin), Leandro Souza (Lucas Silva), Douglas (Leandro Cardoso) e Rafinha (Cassiano); Panda (Serginho), Everton Heleno (Marcos Antônio), Didira (Matheus Lima), Cleyton (Dawhan) e Geovani (Daniel Cruz); Soares (Jeam).

2017 do CSA
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