quinta-feira, 29 de maio de 2014

[Copa] E se em 1950... Parte 2

Como contamos no post anterior, quatro seleções se classificaram para o quadrangular final da Copa do Mundo FIFA 1950. A Europa estava representada pela Suécia e pela Espanha; enquanto a América do Sul, pelo anfitrião Brasil e pelo primeiro campeão mundial, o Uruguai. Foi a primeira e única vez que o campeão poderia não sair em um duelo final, com os dois jogos da rodada começando no mesmo horário, no Maracanã e no Pacaembu.

RODADA 1

Na primeira rodada, em um jogo emocionante, o Uruguai recebeu a Espanha no Pacaembu e logo abriu o placar, através de Ghiggia, aos 29 minutos. Mas os espanhóis viraram o jogo poucos minutos depois, com gols de Basora (32' e 39'). Só quando o cronômetro marcava 28 minutos da etapa final que os uruguaios chegaram ao gol de empate, com Varela. 

Já no outro confronto, Maracanã cada vez mais cheio. Cerca de 138 mil pessoas acompanharam o espetáculo da maior goleada do Brasil na história das Copas. Ademir fez quatro gols, Chico fez mais dois e Maneca completou a pintura dos sete no placar, que ainda recebeu o 1 do gol de pênalti de Andersson.

RODADA 2

Mais um jogo difícil para a Celeste Olímpica no Pacaembu. Os suecos abriram o placar já aos cinco minutos com Palmer. O Uruguai ainda empatou aos 39,com Ghiggia. Entretanto, voltou a ficar atrás no minuto seguinte, após gol de Sundqvist. No segundo tempo, só aos 32 minutos saiu o gol de empate, com Míguez.

SE o resultado parcial permanecesse, o Brasil poderia até sagrar-se campeão mundial com uma rodada de antecedência, já que só o Uruguai chegaria aos mesmos quatro pontos, e isso com uma vitória a menos e com um saldo de gols bem inferior - não encontrei nenhum dado oficial sobre o critério de desempate.

Mas, aos 40 minutos saiu o gol que manteve o primeiro campeão mundial na disputa pelo seu segundo título. Míguez garantiu a "final" sul-americana na Copa brasileira. Afinal, o Brasil deu outro show no Maracanã, com direito à apresentação musical com mais de 152 mil vozes formando um coral no ritmo espanhol: "OLÉ, OLÉ e GOL!".

Três a zero no primeiro tempo, gols de Ademir (15'), Jair (21') e Chico (31'). No segundo tempo, mais três: Chico marcou mais um aos 10; Ademir marcou o seu nono gol na competição, aos 12; e Zizinho pediu a conta aos 22'. O garçom a devolveu com os 10%, gol de Silvestre, descontando para a Espanha aos 26 minutos da etapa final.

E os brasileiros foram à final muito confiantes após duas goleadas, enfrentando um adversário que teve dificuldades justamente com as duas equipes por nós "humilhadas" e ainda precisando apenas de um empate. O ritmo dentro do Maracanã e fora dele era esse:

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