sábado, 15 de outubro de 2011

[Guadalajara 2011] Pan-Americano 2011 é "especial"

Neste momento, a cerimônia de abertura dos XVI Jogos Pan-Americanos está chegando ao final. Quer dizer, tratando-se de abertura, o Pan de Guadalajara acaba de começar. Antes de comentar sobre o que nos interessa para hoje, este evento poderá tanto aparecer muito ao longo dos próximos dias, quanto ficar só por este post. Afinal, ao contrário das competições olímpicas anteriores (Jogos Olímpicos de Verão, 2008, e de Inverno, 2010), o tempo é mais curto.

Enfim, a primeira coisa a se destacar são os problemas estruturais que se repetem neste Pan. Da mesma forma como no Rio de Janeiro há quatro anos, só não sei se ocorreram os mesmo problemas quanto aos gastos com o evento, algumas obras não ficaram nem perto de estarem prontas a tempo a ponto de se cogitar até os últimos dias o adiamento do evento.

O México também vive com outros problemas cotidianos. O primeiro é a possibilidade de "receber" furacões, com qualquer ameaça de temporal deixando preocupados os organizadores locais do evento. Por enquanto, nada de chuva ou algo mais grave. O furacão que se aproximou nos últimos dias diminuiu a potência e não chegou à cidade mexicana. 

Outro problema, e ainda mais grave, é a questão com os grupos de tráfico de drogas. Nos últimos anos vem sendo muito comum notícias de assassinatos, perseguição e execução de jornalistas, dentre outras coisas ainda mais graves, nos mais variados lugares do México. Quando o futebol do Brasil, a seleção do Ricardo Teixeira, jogou em Laguna na terça-feira, houve uma grande preocupação para evitar possível ataques. No início de ano, na mesma cidade, um grande tiroteio fora do estádio causou pânico e interrompeu uma partida.

Transmissão televisiva
Mas falar em Jogos Pan-Americanos no Brasil não pode deixar de ter um comentário sobre a briga entre as duas líderes do oligopólio midiático nacional. A Record passou por cima da Globo e adquiriu os principais eventos olímpicos, dentre os quais o Pan. Na apresentação da equipe, com 200 funcionários, aos patrocinadores, não faltaram comentários para zoar os adversários.

Um dos vice-presidentes da emissora, Douglas Tavorallo, fez questão de frisar que o prejuízo será da concorrência, e não da Record, que gastou muito para adquirir o evento e com a equipe para transmiti-lo. Eles podem. Afinal, quem pode contar com recursos extra-mídia?

A parte mais tosca chata foi ouvir do "Mão Santa" Oscar Schmidt a seguinte metáfora: "Esse Pan servirá para acabarmos de vez com os Estados Unidos. Metaforinha...". Para alguém que ganha 20 vezes mais na atual emissora que nos "Estados Unidos" televisivo, a piada não tem graça.

Entretanto, quem disse que a Globo não iria utilizar das suas barreiras? Primeiro, o básico para todo o evento que não são da emissora, o mínimo de comentários sobre na TV, quer dizer, nenhum comentário. A ideia é não falar sobre um produto alheio. Segundo, e este é boato, ela teria aproveitado das suas boas relações com alguns esportes para que atletas importantes não fossem para o México.

A Record chiou muito, com direito à matéria no principal telejornal da emissora, sobre o envio da seleção sub-20 de futebol para o evento, quando se poderia jogar com atletas de até 23 anos. Eles só esquecem que em 2007 foi o (desastroso) time sub-17 e que se já é difícil pedir liberação dos principais jogadores sub-20 (Neymar, Lucas e Oscar são frequentemente convocados para o time principal, com os dois primeiros sendo titulares), imagina sub-23!

Como resposta à CBF pela escolha, mais uma delas, a Record "convocou" de última hora o agora deputado federal Romário (PSB/RJ) para comentar as partidas de futebol do Pan. Duvido que isso tenha sido por conta do que o Baixinho fez dentro de campo - um dos meus maiores ídolos no futebol. Romário vem surpreendendo a todos, e muito a mim, pela "perseguição" a Ricardo Teixeira no Congresso. É o grande destaque dentre os políticos.

O segundo ponto, e aqui talvez com alguma razão, é o time de vồlei de quadra masculino. Preparando-se para a disputa da Copa do Mundo no mês que vem, torneio que dá vaga às Olimpíadas, nem Bernardinho irá para Guadalajara, imagina os principais jogadores. Ainda assim, o time B ou C do Brasil é bom.

MOMENTO EM BUSCA DO EL DORADO
Como na sexta-feira passada completei sete meses em terras gaúchas, a "comemoração" veio na semana seguinte. Semana bem ruim, com direito às duas últimas noites, juntas, com menos de oito horas de sono; além de uma guerra explícita entre problemas psicológicos e neurológicos para saber quem se destaca mais.

Para variar, é claro que algumas coisas é por culpa minha mesmo. Não deixo de pegar coisas para fazer e, às vezes, mesmo com algum nível de dor de cabeça continuo lendo ou escrevendo algo. A resposta vem depois, como é o caso das noites insones e da atual gripe, que me ocupou durante toda esta sexta-feira. Cada um tem o que merece, só que alguns "são mais diferentes que os outros".

Para fechar o post, uma música que dialoga com todo o post. Como diria o Oscar, "metaforinha":


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