segunda-feira, 25 de maio de 2009

Circo a motor – Pra não dizer que não falei de flores

Duas das mais importantes corridas do automobilismo mundial ocorreram neste domingo. Do lado europeu das competições motoras, o GP de Mônaco serviu para consolidar a liderança do inglês Jenson Button, com cinco vitórias em seis GPs disputados; do lado americano, uma vitória que marca a volta para a vida normal de um piloto.

SUICÍDIO - Reuniões e mais reuniões se realizaram e nada até agora foi definido quanto às inscrições das equipes na temporada do ano que vem. Apenas três times se inscreveram, dois novatos (um espanhol e um americano) e a Willians. As dez equipes se “uniram” contra as modificações que a FIA pretende impor, sob a justificativa de poder criar dois campeonatos diferentes.

Numa explicação rápida, as escuderias que aderirem à proposta de teto orçamentário da Federação (40 mi. de euros) para a temporada 2010 não teriam limites para testar e criar inovações nos carros ao longo da temporada. Enquanto as que não quiseram ficar sob o teto, e a auditoria externa, continuariam sob as regras deste ano, sem testes ao longo da temporada e sem utilizar a tecnologia do túnel de vento para a produção de novos carros.

Porém, muita água vai rolar sob a ponte deste mar bravio. Algumas equipes já acenam para a impossibilidade de sair da F1 (caso da equipe de Frank Willians) e tendem a fazer a inscrição no final do prazo, próxima sexta-feira. Assim, a tática da Ferrari, que lidera as equipes nesta batalha, pode ser de suicídio.

NADA NOVO DE NOVO – A tenda do circo foi armada no lindíssimo circuito de Mônaco. A corrida só é mantida por seu charme e beleza, afinal é a de mais difícil ultrapassagem do mundo. Quem larga na frente tem enorme vantagem.

E foi isso que aconteceu. Jenson Button fez a pole no sábado e para a corrida “só” teria que largar bem e se esquivar dos muros. Quinta vitória do inglês, que aumenta a sua vantagem para 16 pontos sobre o seu companheiro de equipe, o brasileiro Rubens Barrichello.

Para Rubinho fica a sensação da perda de sua grande oportunidade para ser campeão mundial. O brasileiro conseguiu o segundo lugar na largada, mas perdeu ritmo nas primeiras voltas com o pneu liso e viu seu companheiro de equipe terminar a prova com mais de 10s de vantagem.

RESSURGE – Se nos bastidores a Ferrari tende ao suicídio, na pista a equipe mostra um poder de recuperação fantástico – com a quantidade de dinheiro que eles têm seria estranho se não tivessem tal capacidade.

A equipe já se apresenta como a mais próxima da Brawn GP. Na prova isso ficou provado com o terceiro lugar de Raikkonen e o quarto de Felipe Massa, que foi atrapalhado em todo o final de semana.

No treino oficial, um piloto atrapalhou o brasileiro quando ele poderia largar numa das duas primeiras posições. No início da corrida, ficou atrás de um lento Vettel por muitas voltas e quando se recuperou já era tarde. Além disso, viu Button voltar bem à sua frente quando poderia tirar vantagem das voltas a mais que os outros antes da parada nos boxes para andar rápido.

Bons ventos podem ser sentidos da próxima corrida. Nos quatro anos de prova na Turquia, foram quatro vitórias da Ferrari, sendo as três últimas de Massa.

PALHAÇADA – A palhaçada das apresentações em Mônaco ficou a cargo de S. Buemi, que literalmente carregou a Renault de Nelsinho Piquet no início da prova.

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES

Finalmente uma boa notícia para o Brasil vinda do automobilismo. Após uma trajetória digna de filme hollywoodiano, o brasileiro Hélio Castroneves, o "Homem-Aranha", venceu a principal prova a motor do mundo na tarde de ontem.


Foi a terceira vitória de Helinho nas 500 milhas de Indianápolis, corrida que tem um público que chega a 500 mil pessoas no maior espaço esportivo do mundo.


No ano passado, Castroneves vinha de um sucesso arrebatador nos Estados Unidos. Além de ser conhecido pelos amantes da Fórmula Indy, o piloto brasileiro venceu a edição de um programa de danças na TV americana, no estilo "Dança dos Famosos". Porém, na mesma velocidade de seu carro - que pode chegar a 380 km/h - a roda da fortuna virou.

Helinho e sua irmã foram acusados de não declarar mais de U$S 1 milhão para a Receita estadunidense. E lá a pessoa é mesmo presa e vai para o banco dos réus. Apenas em abril (dia 13), num julgamento de 40 dias, o piloto e sua irmã foram inocentados. Já havia passado uma prova da Indy e ele voltou numa corrida no final de semana seguinte.

O mês de maio foi especial. Hélio marcou a poleposition e graças ao acidente envolvendo os brasileiros Victor Meira e Rafael Matos pôde ficar na pista até o fim e vencer de forma tranquila as 5oo Milhas. Como prêmio da 93ª edição da prova, um suntuoso cheque de U$S 1milhão. Só não esquece de declarar no fim do ano!

2 comentários:

  1. o Rubinho tá mostran´do q é melhor q o Massa!!

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  2. Que é isso, Homero? O Rubinho é a maior prova da existência de um coadjuvante na F1.
    É só recuperar o passado do rapaz.
    Se a minha memória não falha, ele só foi protagonista de verdade em dois momentos:
    Quando chegou na F1 pela Jordan, onde realmente corria como o principal e quando corria pela finada Stewart.
    Só que o cara é tão predestinado à síndrome de Vasco e Botafogo qdo encontram o Flamengo no Carioca, que a primeira vitória que a Stewart conseguiu foi com o Johnny Herbert em 99 ficando nosso querido brasileiro em 3°.
    O período da Ferrari eu nem comento por razões óbvias.
    Nos tempos de Honda, ele teve três anos de "disputa amigável" com o líder atual sensação Button.
    E vejam só, de quem foi a 1ª vitória da volta da Honda à F1 como construtora? Um doce para quem adivinhar!
    De quebra Button ficou na frente dele no mundial de 2006.
    Em 2007, o coitado nem conseguiu pontuar.
    Ano passado, sabe-se lá como com o carro sofrível da Honda, ainda se sobressai ao companheiro, 1° ano em que isso acontece desde a Jordan.
    Esse ano só prova que ele voltou ao normal estando atrás do inglês, como já foi do alemão; e não, que ele é melhor do que o Massa.

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